segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Disciplina: Literatura Brasileira: Do Simbolismo as tendências modernistas.

Ementa: A poética simbolista. Tendências pré  modernistas.Vanguardas européias e a Semana da Arte Moderna.

Objetivos Gerais:
  • Compreender a Literatura Brasileira do final do final século XIX, enfocando o Simbolismo e as vanguardas européias, até a Semana da Arte Moderna, além disso, criar condições acadêmicas que estimulem uma atitude critica e reflexiva.

Objetivos Específicos:
  • Proporcionar uma visão da Literatura Brasileira em seu desdobramento teórico histórico e critico;

  • Estudar as manifestações literárias a partir do simbolismo ate a semana da arte moderna;

  • Desenvolver formação critica no exercício da análise textual e no estudo histórico e teórico dos períodos abordados.


Simbolismo


Simbolismo – Resumo

Texto extraído de http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2689019  acesso em 25/02/2013

O Simbolismo foi uma escola literária do fim do século XIX, surgida na França como reação ao Realismo e, sobretudo, ao Parnasianismo. Essa escola caracterizou-se por apresentar uma visão subjetiva, simbólica e espiritual do mundo.

A primeira obra simbolista foi “As Flores do Mal”, de Charles Baudelaire, datada de 1857. No entanto, o termo Simbolismo foi usado pela primeira vez somente em 1886, por Jean Moréas, que divulgou um manifesto no qual afirmava que simbolismo era o único termo capaz de designar as tendências artísticas da época.

Contexto histórico:

O Simbolismo na Europa
O Simbolismo representou, na Europa, a estética literária do final do século XIX, que foi contra as propostas do Realismo, que valorizava o material e o objetivo. O Simbolismo é oposição vigorosa ao triunfo de coisa e de fatos sobre o sujeito.

O Simbolismo no Brasil
No Brasil, o Simbolismo começou em 1893, com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Estendeu-se até o ano de 1922, data da Semana de Arte Moderna. Diferente do que aconteceu na França, onde o Simbolismo sobrepôs-se ao Realismo e ao Parnasianismo, no Brasil o Simbolismo foi quase inteiramente abafado por esses movimentos, que tiveram muito prestígio entre as camadas cultas do país.

Na realidade, no final do século XIX e início do século XX, três tendências caminhavam paralelas: o Realismo em suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); o Simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica da época; e o Pré Modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupados em denunciar a realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.

O movimento simbolista chegou ao seu fim com a Semana de Arte Moderna, que neutralizou todas essas estéticas e traçou novos e definitivos rumos para a literatura brasileira.

O Simbolismo no Brasil teve um caráter poético. A prosa praticamente não existiu, uma vez que, quando houve prosa, ela foi poesia em prosa e pode ser encontrada na obra de Cruz e Sousa. Os principais autores dessa escola no país foram: Cruz e Sousa, representante máximo da estética simbolista brasileira, Alphonsus de Guimaraens, e Pedro Kilkerry.

Momento histórico
O Simbolismo refletiu um momento histórico extremamente complexo, que marcou a transição para o século XX e a definição de um novo mundo, o qual se consolidou a partir da segunda década deste século; basta lembrar que as últimas manifestações simbolistas e as primeiras produções modernistas são contemporâneas da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa.

As correntes materialistas e racionalistas da segunda metade do século XIX não mais respondiam às exigências de uma nova realidade, já que o processo burguês industrial evoluía a passos largos, gerando até mesmo a luta das grandes potências pelos mercados consumidores e fornecedores de matéria prima.

A unificação da Alemanha (1870) e da Itália (1871) alavancou o processo de industrialização desses países (chamados países de capitalismo tardio) e os colocou na disputa por novos mercados. Por esses motivos, fragmentou-se a África e ampliaram-se as influências sobre os territórios asiáticos; desenvolveu-se, assim, a política do neocolonianismo e tomou corpo o fantasma de uma guerra envolvendo os países europeus.

Sempre que se torna difícil analisar o mundo exterior e entendê-lo racionalmente, a tendência natural é negá-lo, voltando-se para uma realidade subjetiva. As tendências espiritualistas renasceram. O subconsciente e o inconsciente foram valorizados, segundo a lição freudiana. O crítico Henri Peyre, em seu livro A Literatura Simbolista afirma:
“A literatura simbolista dos dois últimos decênios do século XIX prezou tudo o que era langor, cansaço de viver, isolamento de um público eu ela queria manter afastado de seus arcanos, oposição à civilização tecnológica acusada de materialista.”

Características do Simbolismo
Literatura:
- Preocupação formal que se revelou na busca de palavras de grande valor conotativo e ricas em sugestões sensoriais; o Simbolismo não pretendia descrever a realidade, mas sugeri-la;
- poesias carregadas de musicalidade;
-  a poesia foi encarada como forma de evocação de sentimentos e emoções;
- frequentes alusões a elementos evocadores de rituais religiosos;
- preferência por temas subjetivos que tratem da morte, do destino, de Deus etc.;
- enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a num clima de sonho onde predomina o vago, o impreciso e o etéreo.

Artes Plásticas
Para os simbolistas a arte deveria ser uma síntese entre a percepção dos sentidos e a reflexão intelectual. Buscaram revelar o outro lado da mera aparência do real. Em muitas obras enfatizaram a pureza e a espiritualidade dos personagens.  Em outras, a perversão e a maldade do mundo. A atração pela ingenuidade fez com que vários artistas se interessassem pelo primitivismo. O artista mais significativo foi o francês Paul Gauguin, que começou a pintar influenciado pelo Pós Impressionismo. Em suas telas, abandonou a perspectiva e delineou as figuras utilizando contornos pretos. As cenas evocavam temas religiosos e mágicos, como em Cristo Amarelo. Também destacaram-se os franceses Gustave Moreau (1826-1898) e Odilon Redon (1840-1916).

A partir de 1890, o Simbolismo difundiu-se por toda Europa e pelo resto do mundo. Na Áustria, ganhou a interpretação pessoal do pintor Gustav Klimt (1862-1918). O norueguês Edvard Munch conciliou os princípios simbolistas a uma expressão trágica, que depois fez dele representante do Expressionismo. Na frança, destacaram-se os pintores Maurice Denis (1870-1943) e Paul Sérusier  (1864-1927), além do escultor Aristide Maillol (1861-1944).

ACADÊMICO
Enviado por ACADÊMICO em 24/12/2010
Reeditado em 19/01/2011
Código do texto: T2689019
Classificação de conteúdo: seguro

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